Alberto Santos=Dumont - Uma Homenagem ao Pai da Aviação

DEBATE - IV

Manisfesto de Repúdio

Origem: Livro de Visitas – 603
Data:09/12/2003 23:56:44 - IP: 200.240.67.111
Nome: Ricardo
Cidade/Estado: São Paulo-SP

“Estão Tentando Apagar da História o Nome do Ilustre Brasileiro Alberto Santos-Dumont, o Verdadeiro Inventor do Avião e o Primeiro Homem a Voar o Mais Pesado Que o Ar.”

Manifesto de Repúdio e Protesto Contra a Falsa Primazia dos Irmãos Wright

Devido ao alarde referente às comemorações realizadas nos Estados Unidos, a partir do final do ano de 2003, com a intenção de comemorar o centenário dos alegados feitos dos irmãos Wright e devido aos documentários exibidos em nosso país pelos canais de televisão Discovery Channel e History Channel e outros veículos de comunicação, afirmando ou induzindo o espectador a concluir que os irmãos Wright foram os primeiros a inventar e a voar uma aeronave com motor, bem como foram também os inventores do avião, manifestamos o nosso repúdio e protesto contra essa situação, pois não existe nenhuma prova cientificamente válida de que os irmãos Wright foram os primeiros a inventar e a voar uma aeronave com potência, nem, tão pouco, existem provas cientificamente válidas de que eles inventaram o avião.

É inaceitável que organizações estrangeiras venham ao Brasil, terra do Pai da Aviação, veicular inverdades sobre a História da Aviação, tentando subtrair, indevidamente, de nosso grande e Ilustre inventor Alberto Santos-Dumont, o reconhecimento pela invenção do avião e o reconhecimento de ter sido o primeiro homem a voar o mais pesado que o ar.

Tais organizações, ao divulgar diversos fatos inverídicos, tentam impor ao nosso povo uma versão parcial e errônea de suas visões distorcidas a respeito de fatos históricos da Aviação, objetivando creditar, incorretamente, aos americanos irmãos Wright os justos reconhecimentos exclusivos atribuídos, merecidamente, a Santos-Dumont, relegando nosso Ilustre inventor a um papel de mero coadjuvante com, praticamente, nenhuma importância na História da Aviação, no que tange ao primeiro vôo e ao invento do mais pesado que o ar.

Essas organizações estrangeiras, com suas atitudes totalmente equivocadas, prestam uma desinformação e um desserviço à nossa sociedade, à nossa cultura e ao nosso povo.

É inadmissível divulgar uma visão equivocada a respeito dos irmãos Wright na terra de Santos-Dumont, principalmente, devido ao fato de que as supostas realizações dos irmãos Wright não são comprovadas pela Ciência e, portanto, não são verdadeiras. Essa situação é, também, inadmissível, devido ao fato de estarem lesando, injustamente, a imagem de nosso Ilustre inventor ao tentarem subtrair o que por direito e historicamente a ele pertence.

Estaremos sempre alertas a essas tentativas espúrias e não admitiremos, jamais, que se furtem de nosso Ilustre inventor brasileiro os méritos a ele atribuídos, por absoluta justiça e reconhecimento cientifico, pelo fato de ter sido o primeiro homem a voar o mais pesado que o ar e de ser o verdadeiro inventor do avião, sendo que tal fato foi corretamente reconhecido, sob a supervisão do Aeroclube da França, sem o uso de nenhum subterfúgio condenável.

Não existe nenhuma prova que satisfaça as exigências da metodologia científica e da História da Ciência para poder creditar aos irmãos Wright a primazia de terem realizado o primeiro vôo com potência, nem a primazia de terem inventado o avião.

Devido à aeronave supostamente inventada pelos Irmãos Wright não ser, tecnicamente, um avião, pois dependia de auxílios externos para poder decolar (mono trilho e vento ou catapulta), teremos que usar os seguintes termos neste texto, para designar, ou referir-se a tal aeronave: aeronave com motor; aeronave com potência; aeronave motorizada; mais pesado que o ar; vôo com potência; e vôo com motor.

A título de esclarecimento, é importante informar que um dos grandes pioneiros do vôo em aeronave sem potência, isto é, que não tinha motor (planador) foi Otto Lilienthal, tendo realizado muitas experiências e vôos em planadores entre 1891 e 1896, muito antes dos vôos planados feitos pelos irmãos Wright e dos vôos feitos por Santos-Dumont.

Muitos adeptos dos irmãos Wright declaram que eles realmente não inventaram o avião, pois um avião de verdade decola, voa e pousa com seus meios próprios. Mas que, apesar de não terem inventado o avião, os irmãos Wright foram os primeiros a inventar e a voar uma aeronave com motor.

Tal declaração não é verdadeira e é totalmente desprovida de qualquer fundamento científico, pois ao analisarmos, seriamente, todos os fatos relacionados aos irmãos Wright, verificamos que eles não foram os primeiros a voar e nem a inventar nenhum tipo de máquina voadora com motor, devido à inexistência de provas válidas. Eles não inventaram e não voaram absolutamente nada antes de 1908. No máximo, só fizeram tentativas, mas totalmente falhas, sendo que, até mesmo, tais tentativas, são difíceis de provar, devido a sofrerem os mesmos problemas quanto às devidas autenticações válidas, para comprovar a realização das mesmas.

Os Irmãos Wright alegaram ter feito vários vôos em aeronave com motor nos anos de 1903, 1904 e 1905, mas nunca conseguiram provar que tais vôos, realmente, foram realizados, mas, infelizmente, conseguiram angariar adeptos, que acreditaram em suas alegações, sem solicitar as provas válidas, necessárias para certificar se, os alegados feitos dos irmãos Wright, eram verdadeiros.

Os adeptos dos irmãos Wright, na falta de provas convincentes, sempre formularam, erroneamente, hipóteses como provas, mas hipóteses não são provas, são apenas suposições que carecem de comprovações científicas, sendo que, tais hipóteses, nunca foram comprovadas perante os critérios da Ciência.

Tais adeptos, também, usam o nome do renomado instituto americano “Smithsonian Institute” como certificação, pois, tal instituto americano, aceitou os Irmãos Wright, sem as necessárias provas científicas válidas e, até hoje, o “Smithsonian Institute” não conseguiu responder, corretamente, por que tomou essa decisão sem embasamento científico.

As supostas provas apresentadas pelos irmãos Wright, com relação aos vôos supostamente realizados por eles em 1903, 1904, e 1905, são: a) fotografias; b) testemunhas leigas; c) relatórios contidos nos diários dos próprios irmãos Wright, escritos por eles mesmos; d) um telegrama emitido pelos próprios irmãos Wright, endereçado ao pai deles; e) algumas publicações, sobre os alegados vôos, feitas pela imprensa não especializada, sendo que, a imprensa, nunca cobriu tais supostos vôos, de maneira aceita cientificamente, no sentido de se colaborar na comprovação das alegações dos supostos irmãos inventores.

Existem, também, os destroços da primeira suposta aeronave, o Flyer I, que foi totalmente destruída, devido aos fortes ventos a que foi exposta, após a realização dos alegados primeiros vôos em 17 de dezembro de 1903, sendo que, tais destroços, são considerados por muitos como provas.

Com relação aos supostos vôos de 1903, existem algumas importantes observações que devem ser analisadas. Segundo as declarações contidas no relatório redigido pelos próprios irmãos Wright, que fazem parte do diário dos supostos irmãos inventores, a suposta aeronave só podia decolar e voar com o auxílio do vento (a catapulta ainda não era utilizada em 1903, ela foi utilizada a partir do segundo semestre de 1904).

Dessa forma os supostos vôos realizados em 1903 não podem ser considerados vôos verdadeiros, pois uma verdadeira aeronave motorizada não depende de vento para voar. Portanto, aquela suposta aeronave não pode ser considerada como uma aeronave motorizada verdadeira. No máximo, tal aeronave, poderia ser considerada, apenas, como um planador auxiliado por motor, sendo que, tal motor, era incapaz de fazer tal aeronave voar por seus meios próprios, tanto na decolagem, quanto no vôo propriamente dito.

Uma outra importante observação é que os irmãos Wright não relataram nenhum vôo sem a utilização do vento em 1903. A única tentativa relatada, sem o uso do vento, foi em 14/Dez/1903, quando eles tentaram decolar morro abaixo, com o uso da gravidade e de trilhos como auxílios externos. Porém, tal tentativa falhou e a desculpa, convenientemente, dada é que foi executada uma manobra errônea durante o processo de decolagem, quando a aeronave já estava no ar, logo após ter sido lançada pelos trilhos e pela gravidade.

O que na realidade deve ter acontecido é que a aeronave era incapaz de voar sem o auxílio do vento e acidentou-se, sendo que, conseqüentemente, os irmãos Wright abandonaram a idéia de tentar voar sem o auxílio do vento, usando apenas a gravidade e trilhos. Os adeptos dos irmãos Wright não concordam com tais afirmações, mas não conseguem provar que tal fato não aconteceu e não conseguem provar que a suposta aeronave não era totalmente dependente do vento, inclusive para voar e não apenas para decolar.

Portanto, fica constatado que os irmãos Wright, através da análise de seus próprios relatos, não têm como confirmar que voaram e nem inventaram o mais pesado que ar em 1903.

Existe, ainda, mais uma importante consideração, a respeito desses supostos vôos planados: Nem a realização desses supostos vôos planados e nem as suas tentativas fracassadas, podem ser comprovados cientificamente, devido ao fato de as provas apresentadas não serem aceitas pelos critérios da Ciência como válidas.

Com relação aos supostos destroços da suposta aeronave de 1903, eles foram apresentados “após 1908” (depois de outros pioneiros terem voado) e não existe comprovação científica de que tais destroços, realmente, pertenceram a uma aeronave feita em 1903 e não existe comprovação científica de que tais destroços não são uma fraude, convenientemente feita após 1908, de tal forma que, se fosse recuperada, poderia voar, ou possibilitaria que uma réplica voasse.

Esses destroços foram restaurados e estão em um museu nos Estados Unidos e através desses mesmos destroços, foram feitas, recentemente, pesquisas e engenharia reversa na tentativa de, juntamente com dados fornecidos “após 1908” pelos irmãos Wright (depois de outros pioneiros terem voado), construir algumas réplicas do Flyer I.

Uma réplica que foi finalizada em 2003 em parceria com a EAA, Ford Motors, Microsoft Flight Simulator e outros participantes está sendo alardeada como cópia fiel da primeira aeronave Flyer I, mas as informações fornecidas não são esclarecedoras no sentido de se concluir, com certeza, que a réplica é realmente 100% igual ao suposto original, devido à não existência de explicação satisfatória, informando se os inúmeros desafios existentes foram resolvidos.

Um dos objetivos principais dessa réplica, além da comemoração do alardeado centenário, é tentar provar que a aeronave original, realmente, podia voar e, conseqüentemente, por via indireta tentar provar que os irmãos Wright, efetivamente, voaram em 1903 o mais pesado que o ar. Mas, como foi aqui mencionado, não existem provas cientificamente válidas de que a aeronave restaurada dos destroços, que está no museu, realmente é a primeira aeronave feita em 1903 e não uma fraude feita depois de 1908.

Dessa forma, não há meios de autenticar se a suposta réplica é, realmente, uma cópia do suposto original de 1903.

Uma observação relevante é que se tal réplica fizer, exatamente, o que fazia o suposto original para voar (dependência do vento), não pode ser considerada como uma aeronave verdadeira que voa com motor e, ainda, se ela puder voar sem o auxílio do vento, não pode ser considerada como uma réplica verdadeira, pois o suposto original nunca voou e nunca conseguiu voar sem a ajuda do vento.

Portanto, tal suposta réplica, além de não existirem meios de autenticá-la como cópia verdadeira, não comprova absolutamente nada, no que tange à confirmação da suposta invenção e do suposto primeiro vôo do mais pesado que o ar, supostamente realizados pelos irmãos Wright.

Com relação às testemunhas de tais supostos vôos, existem muitos questionamentos que invalidam a prova testemunhal tais como: Incompreensão com relação ao evento testemunhado; Faltar com a verdade; Interesses diversos sobre o resultado da comprovação dos eventos; Sentimento nacional por serem americanos; Serem enganadas; etc. Devido a esses questionamentos, a Ciência não aceita testemunhas como prova comprobatória dos alegados supostos feitos dos irmãos Wright.

Dessa forma, as testemunhas, entre outras causas, poderiam ter sido enganadas por serem leigas no assunto ou, ainda, não terem entendido o que supostamente observaram. O que essas testemunhas viram? Elas viram um vôo verdadeiro ou um vôo de planador com motor, sendo que tal motor não influenciava em nada a manutenção da aeronave em vôo? Existem muitos outros questionamentos possíveis, com relação aos alegados eventos testemunhados, que são impossíveis de serem respondidos satisfatoriamente.

Quando existem dúvidas ou outras possibilidades de resposta a determinado fato, a Ciência exige a confirmação do fato através de mais investigação para poder determinar sem dúvidas que tal fato é verdadeiro. Se tais confirmações exigidas pela Ciência não forem possíveis de se realizar, o fato em questão não é confirmado e não é aceito como verdadeiro. Portanto, as provas testemunhais apresentadas pelos adeptos dos irmãos Wright e pelos próprios irmãos Wright são desprovidas de aceitação científica e, conseqüentemente, não aceitas como provas para as alegações em questão.

Com relação aos vôos alegados de 1903, não existe prova cientificamente válida que comprove que as testemunhas apresentadas, que supostamente testemunharam os supostos vôos de Dez/1903, realmente estiveram presentes e viram os eventos alegados.

Um fato muito importante, entre muitos outros de grande relevância nesse assunto, que coloca em dúvida as pretensas provas testemunhais de 1903, apresentadas pelos irmãos Wright, é que eles não arrolaram como testemunha o Sr. Alpheus Drinkwater, que, além de ter testemunhado os eventos de 1903 em questão, trabalhava no posto telegráfico, que ficava perto do campo onde os supostos vôos foram realizados e que foi o responsável pela emissão do telegrama dos irmãos Wright, que anunciava a realização dos supostos vôos motorizados de 17/Dez/1903 ao pai deles Sr. Bishop Milton Wright.

O Sr. Drinkwater declarou em 16/Dez/1951, ao jornal “The New York Times”, que os vôos que ele testemunhou, realizados em 17/Dez/1903 pelos irmãos Wright, não eram vôos verdadeiros e sim vôos planados e declarou, ainda, que os irmãos Wright realizaram vôos verdadeiros, somente, no ano de 1908.  Esse fato histórico não é, convenientemente, mencionado em nenhum documentário, pois é extremamente prejudicial à imagem dos Irmãos Wright.

Como pode ser observado, não existe um critério coerente na apresentação de testemunhas, pois umas são qualificadas e outras não, conforme a conveniência dos adeptos dos irmãos Wright. Os mesmos critérios duvidosos que qualificam ou desqualificam o Sr. Alpheus Drinkwater perante os adeptos dos irmãos Wright podem ser aplicados às outras testemunhas aceitas de 1903, devido à inexistência de fatos comprobatórios válidos, que possam autenticar a veracidade da presença das testemunhas no local, durante a realização dos supostos vôos de Dezembro de 1903.

Dessa maneira, como pode ser observado, no caso específico dos irmãos Wright, as pretensas provas testemunhais apresentadas, não são aceitas como válidas, independente de serem muitas ou poucas, devido aos inúmeros questionamentos científicos existentes que invalidam tais pretensas provas testemunhais.

As únicas provas testemunhais aceitas em alguns casos pela ciência são aquelas, comprovadamente, isentas de qualquer interesse no resultado dos eventos relatados e que não são invalidadas por nenhum questionamento científico. Declarações quanto a moral elevada não são consideradas e nem aceitas pela ciência na certificação de fatos testemunhados.

As únicas provas testemunhais que poderiam ser aceitas no caso dos irmãos Wright seriam aquelas obtidas por uma comissão de pessoas entendidas em Aviação, especialmente criada para avaliar os fatos em questão, sendo que as supostas realizações alegadas pelos irmãos Wright nunca foram validadas dessa maneira. Tais pessoas, entendidas em Aviação, já existiam e estavam disponíveis naquela época.

Com relação aos filmes mostrados sobre os irmãos Wright, é importante observar que, sem exceção, todos são de 1908 em diante, não existe nenhum filme anterior a 1908. Muitas vezes tais filmes são mostrados durante as narrativas de seus supostos feitos anteriores a 1908, induzindo o espectador a pensar que tais filmes são de 1903, 1904 e 1905.

O mesmo problema tem ocorrido com relação a muitas fotos, sendo que não existe comprovação de que tais fotos sejam anteriores a 1908 e fotos não são provas de que um aparelho esteja realmente voando com potência e não apenas planando. Algumas fotos de supostos vôos de 1905, aparentemente autenticadas, somente com relação à data, não comprovam a realização de um verdadeiro vôo com potência e não descartam as suspeitas de ser apenas um vôo planado com motor, sendo que, tal motor, não influenciava em nada tal suposto vôo, bem como tais fotos não descartam a possibilidade de fotografia fraudulenta.

Com relação ao telegrama emitido pelos irmãos Wright, bem como, com relação aos relatórios sobre os vôos alegados contidos no diário dos Irmãos Wright, que são indevidamente apresentados como provas dos supostos vôos, é fácil concluir que não são válidos, pois qualquer pessoa pode escrever o que bem entender em seus relatórios e telegramas. Um telegrama ou um relato escrito pelo próprio inventor deve ser acompanhado de provas cientificamente válidas que comprovem os relatos em questão. Porém, tal comprovação inexiste no caso em questão.

Todos as provas apresentadas pelos irmãos Wright e pelos seus adeptos não geram fato comprobatório dos eventos em questão, nem isoladas e nem quando consideras em conjunto, por não atenderem aos critérios exigidos pela metodologia científica.

No caso específico dos irmãos Wright, tais pretensas “provas” não são provas na realidade e seriam somente aceitas, se fossem verdadeiras, para dar corpo e reforçar uma suposta prova válida, como por exemplo, um relatório emitido por uma comissão julgada competente em assuntos de Aviação, porém tal prova válida não existe.

Analisemos o seguinte assunto, envolvendo Santos-Dumont, para melhor compreendermos a idéia descrita no parágrafo anterior.

Santos-Dumont, também, possui os mesmos tipos de “provas”, mas essas são verdadeiras, que reforçam a comprovação de seus feitos. São elas: Fotos; Testemunhas leigas; Artigos em Jornais e Revistas; Telegramas; Relatos do próprio inventor; etc.

Poderíamos, também, considerar que as “provas” de Santos-Dumont, descritas no parágrafo anterior, quando analisadas isoladamente ou em conjunto não são suficientes para a comprovação dos fatos ocorridos.

Mas existe uma prova verdadeira que, realmente, comprova cientificamente os feitos de Santos-Dumont em 23/Out/1906 e em 12/Nov/1906, que são os testemunhos e os relatórios da Comissão do Aeroclube da França, que era composta por pessoal entendido nos assuntos ligados à Aviação.

Existe, ainda, outra prova verdadeira, aceita cientificamente, durante a realização dos vôos de Santos-Dumont em 12/Nov/1906, que foi a confirmação feita por uma Comissão de pessoas entendidas em Aviação que se tornaria, posteriormente, a Federação Aeronáutica Internacional.

Os artigos publicados, sobre Santos-Dumont, em jornais e revistas, reforçam o parecer da Comissão do Aeroclube da França. As fotos e filmes de suas realizações, também fazem o mesmo, reforçam e dão credibilidade à Comissão do Aeroclube da França. Os milhares de testemunhos leigos dão corpo e reforço aos eventos autenticados pela Comissão do Aeroclube da França.

Portanto, os artigos em jornais e revistas, as milhares de testemunhas leigas, as incontáveis fotos, os filmes, etc, trabalham em conjunto sinérgico, dando corpo, reforço, confirmação e acima de tudo credibilidade ao parecer da Comissão do Aeroclube da França, que é aceito cientificamente e cumpre todas as exigências da metodologia científica para certificar os feitos de Santos-Dumont e, conseqüentemente, colocar o seu nome na História como o verdadeiro inventor do avião e o primeiro homem a voar o mais pesado que o ar, bem como ter realizado todos os seus vôos com controle.

O mesmo raciocínio se aplica quanto a Comissão que se tornaria a Federação Aeronáutica Internacional.

Tal fato não acontece com as supostas “provas” dos Irmãos Wright, pois, conforme as explicações supraditas, falta a principal e verdadeira prova exigida para poder autenticar os seus alegados feitos.

Portanto, analisando todas as supostas provas supramencionadas dos irmãos Wright, verificamos que não são válidas cientificamente e não atendem aos critérios da metodologia científica para creditar aos irmãos Wright a primazia de seus alegados feitos aeronáuticos, no que tange às realizações por eles requisitadas da invenção e do primeiro vôo do mais pesado que ar.

Tais suspeitas relativas ao questionamento da veracidade dos supostos vôos realizados pelos irmãos Wright se agravam, considerando que eles não demonstraram, antes de 1908, suas alegadas realizações, a comissões de pessoas que entendiam de Aviação, que seriam solicitadas pelas sérias instituições, para as quais eles tentaram vender seus inexistentes projetos: Departamento de Guerra Americano e Departamento de Guerra Francês.

O Departamento de Guerra Americano informou aos Irmãos Wright no final de 1905, através de cartas oficiais, que somente apreciariam as suas solicitações, se fosse apresentada uma aeronave que realmente funcionasse, sendo que tal aeronave nunca foi apresentada antes de 1908.

Durante uma viagem à França, em 1907, eles estiveram na iminência de fechar um contrato com o Departamento de Guerra Francês, mas desistiram e não demonstraram nada.

O que os irmãos Wright fizeram durante a estadia na França, no ano de 1907, além de contatar o Departamento de Guerra Francês?

Antes de eles ali chegarem outros pioneiros já haviam voado. Obtiveram mais informações sobre os aviões desses pioneiros, junto ao amigo do Exército Francês, Capitão Ferber? Conforme verificaremos mais adiante, neste texto, os irmãos Wright solicitaram, através de uma carta endereçada ao Capitão Ferber, tais informações, que foram atendidas.

Esses eventos históricos são muito obscuros e são passíveis de muitos questionamentos, que nunca foram devidamente esclarecidos.

Nas raras vezes em que os irmãos Wright convidaram pessoas que entendiam de Aviação para testemunhar os supostos vôos, sempre acontecia algo que, por conveniente coincidência, impedia a realização de tais vôos. Exemplo: Octave Chanute, um grande entendido de Aviação na época nos Estados Unidos, não conseguiu assistir ao alegado primeiro vôo em dezembro de 1903, devido às condições climáticas desfavoráveis (muito frio) e saiu do local no dia 12/Dez/1903, não assistiu, também, a nenhum outro vôo num período de cinco anos entre 1903 e 1908.

Um grupo de repórteres convidados em 1904 para ver o vôo da suposta segunda máquina construída em 1904, também foram impossibilitados de verem os supostos vôos devido a não ter havido vento suficiente. Uma equipe de entendidos do Aeroclube da França, os maiores especialistas em Aviação na época, enviados especialmente aos Estados Unidos no final de 1905 para ver os irmãos Wright voarem, também não viram nenhum vôo, devido aos irmãos Wright alegarem que não voariam mais depois do final de 1905, voltando a voar somente em 1908.

Wilbur Wright voou pela primeira vez em 1908, com a aeronave denominada de Flyer III, na França, comprovadamente, satisfazendo todos os critérios científicos requeridos. Mas, antes deles, muitos outros pioneiros já haviam voado por diversas vezes, com sucesso, a partir de 1906.

O Fato de terem voado em 1908 não significa que voaram antes de 1908 e não existem provas cientificamente válidas que comprovem tal suposição.

Durante as apresentações dos Wright ficou comprovado que o aparelho deles não era completo e não decolava por meios próprios e sempre necessitava de auxílio externo (Catapulta e Trilhos - Alguns relatos, não comprovados cientificamente, informam que o Flyer III podia decolar sem a catapulta, usando vento e trilhos em 1905).

Somente depois de alguns desenvolvimentos aplicados ao aparelho dos Wright, no final de 1908 (Ex: Instalação de novas hélices de pás mais largas), é que foi possível a decolagem sem vento ou catapulta, mas precisava, ainda, de usar os trilhos. Somente após 1908 é que os Wright, após mais desenvolvimentos, capacitaram sua aeronave com recursos que permitiram a decolagem com seus meios próprios e, dessa forma, o aparelho deles tornou-se um avião de verdade, podendo decolar sem auxílio externo. Porém, antes deles, muitos outros pioneiros fizeram vôos em aeronaves que não necessitavam de auxílio externo para decolar.

Durante as apresentações do Flyer III na França, o aparelho dos irmãos Wright foi alardeado como de desempenho superior, mas essa não é uma observação tecnicamente correta, pois tende a supervalorizar os feitos do Flyer III.

Uma das razões importantes sobre o desempenho alardeado foi devido a não existência na aeronave dos irmãos Wright de um sistema que capacitaria o Flyer III de decolar com seus meios próprios. Tal sistema impõe aos aviões verdadeiros várias restrições que reduzem consideravelmente o seu desempenho, como por exemplo, o arrasto (resistência ao avanço no ar) considerável que limita seriamente a aerodinâmica do vôo e, ainda, devido a ter que carregar o peso extra de tal sistema, que era utilizado apenas durante as decolagens e os pousos, não tendo utilidade durante os vôos nos aviões verdadeiros. Esse problema se agravava ainda mais, considerando que os aviões da época eram muito rudimentares.

Os defensores do Flyer III poderiam alegar que, com relação ao desempenho, a falta da capacidade de decolar era compensado pela capacidade de transportar um passageiro que o Flyer III possuía.

Essa visão simplista não é correta, pois as limitações impostas aos aviões da época, devido à capacidade de poder decolar com seus próprios meios, era muito maior do que as restrições existentes quanto ao transporte de apenas um passageiro em uma aeronave sem a capacidade de decolar.

A capacidade de decolar sem auxílio externo não é somente devido ao trem de pouso dos aviões daquela época, que também causava sérias limitações aerodinâmicas (arrasto).

A capacidade de decolar exigia a instalação na aeronave de muito mais recursos necessários, além do trem de pouso, para possibilitar a decolagem por seus meios próprios, os quais impunham à aeronave várias e sérias restrições quanto ao seu desempenho.

Os irmãos Wright foram incompetentes e incapazes de solucionar os vários desafios que existiam quanto ao problema de se capacitar um avião a decolar com seus meios próprios e usaram um recurso exótico (Catapulta e Trilhos) que impedia a praticabilidade do uso de sua aeronave.

Portanto, o pseudo-avião Flyer III, que dependia de auxílio externo para poder voar (Catapulta e Trilhos) estava sendo comparado com verdadeiros aviões, sendo que tal comparação não é correta. 

O único verdadeiro bom desempenho do Flyer III era com relação o seu sistema de controle de vôo que permitia boa manobrabilidade à aeronave.

Portanto, o Flyer III não pode ser supervalorizado com relação aos vôos executados, pois a aeronave era boa em manobrabilidade e deficiente em executar vôo autônomo, pois dependia de auxílio externo.

Os adeptos dos irmãos Wright tendem, sempre, equivocadamente, supervalorizar as qualidades e minimizar, ou, na maioria das vezes, ignorar as deficiências do Flyer III.

O Flyer III foi apenas mais um passo no sentido de se desenvolver um equipamento que já tinha sido inventado e voado, anteriormente, por outro pioneiro.

Apenas em 1910 foram instaladas RODAS ao Flyer, imitando TODOS os outros aparelhos que então voavam na Europa, inclusive o já avançado Demoiselle de Santos=Dumont.

Os irmãos Wright nunca patentearam nenhum avião, patentearam, apenas um planador.

O objetivo principal desta mensagem não é questionar se a aeronave dos irmãos Wright decolava ou não por meios próprios, ou era incompleta.

A principal questão colocada em dúvida é a alegação, sem provas válidas, de que os irmãos Wright voaram o mais pesado que o ar antes de 1908, independente de qualquer outro questionamento relativo à incapacidade de decolar ou referente à praticidade da aeronave em questão, pois para ser considerado aparelho mais pesado que o ar não é necessário decolar por meios próprios.

A retórica sobre os irmãos Wright usa a muito a falácia, devido à mistura de supostos acontecimentos e de diversos fatos complexos envolvendo-os, tais como:
- queima de um planador em protesto a cópias ilegais, que nunca foram comprovadas;
- registro de patentes;
- melhorias nos comandos de vôo, que eles não inventaram;
- descobertas em Aerodinâmica, que não foram apenas exclusividades deles;
- desenvolvimento de planadores;
- vôos em planadores;
- experimentos aeronáuticos;
- publicação de artigos em jornais e revistas;
- pseudoprovas apresentadas, que não satisfazem os critérios da Ciência.

Tudo isso faz parte da tal retórica, que contém muitos raciocínios sofismáticos, cujo conteúdo, que mistura verdades com inveracidades, gera a tática comumente utilizada para rejeitar qualquer questionamento que coloque em dúvida a veracidade de tais alegações, bem como para confundir as pessoas e induzi-las a acreditar que os irmãos Wright foram os primeiros a voar e a inventar o mais pesado que o ar.

Um fato muito importante e historicamente comprovado, entre muitos outros, que, geralmente, não é comentado pelos adeptos dos irmãos Wright, é o fato de os irmãos Wright terem solicitado diversas informações sobre o avião de Santos-Dumont, o 14-bis, que voou em 1906 e sobre o avião do famoso aviador francês Henri Farman que voou muito antes dos irmãos Wright, realizando o primeiro vôo circular comprovado da história.

Somente depois de terem obtido tais informações, é que, meses depois, os irmãos Wright se apresentaram publicamente na França e realizaram os seus primeiros vôos comprovadamente aceitos como verídicos e alardeados como de desempenho superior aos realizados anteriormente por outros pioneiros. Tais solicitações foram feitas ao Capitão do Exército Francês Ferber, que era amigo dos irmãos Wright e que respondeu prontamente, fornecendo as informações solicitadas, pois tais informações nunca foram mantidas em segredo, principalmente com relação a Santos-Dumont que nunca escondeu os segredos de seus inventos.

Os irmãos Wright aperfeiçoaram as informações recebidas e dessa forma puderam fazer um vôo melhor que os outros pioneiros? Que uso eles fizeram de tais informações? Conforme os questionamentos aqui citados, existem muitos outros bem fundamentados, para os quais não existem respostas satisfatória por parte dos adeptos dos irmãos Wright.

Considerando todo o assunto até aqui exposto, verifica-se que a história em questão sobre os Irmãos Wright é desprovida de qualquer fundamento científico, que embase e comprove a veracidade dos fatos a eles creditados e concluímos que, as organizações envolvidas em divulgá-los, não estão sendo coerentes, quanto à correta autenticação exigida, para confirmar suas supostas realizações aeronáuticas, relativas ao invento e à execução do primeiro vôo do mais pesado que o ar.

Dessa forma, criticamos seriamente os canais Discovery Channel e History Channel, quanto ao assunto em questão.

Essas entidades são extremamente exigentes quanto à aplicação da metodologia científica em todas as atividades da Ciência e da História da Ciência em seus documentários, sendo que, em vários casos, chegam a ser consideradas exageradas, devido às minúcias exigidas na comprovação de várias descobertas e realizações científicas.

Porém, tais exigências científicas, são estranhamente ignoradas, quando se trata do importantíssimo assunto envolvendo os alegados feitos dos irmãos Wright, não veiculando, assim, nenhum questionamento quanto as suas supostas realizações, transmitindo, dessa forma, a idéia de que os supostos empreendimentos realizados pelos irmãos Wright são inquestionáveis e verídicos. Tal comportamento reprovável desses canais de televisão leva a sérios questionamentos quanto a outros assuntos que possam estar sendo “protegidos” por esses veículos de comunicação em massa, colocando em dúvida a seriedade desses canais de televisão.

Esses canais de televisão deveriam, no mínimo, de forma imparcial, divulgar as diversas e sérias dúvidas que pairam quanto às alegadas realizações dos Irmãos Wright.

Como podem, esses supostos sérios canais de televisão, agirem dessa maneira condenável e parcial?

Uma boa resposta a esta pergunta envolve duas principais causas: 1) Os canais televisivos em questão são empreendimentos Estadunidenses e o assunto em pauta envolve seus intocáveis e inquestionáveis mitos nacionais; 2) O uso de critérios científicos de comprovação nos documentários destruiria o mito dos Irmãos Wright e tornaria insustentável defender as suas supostas primazias.

Todas as vezes que tais questionamentos sobre a veracidade dos alegados feitos dos irmãos Wright foram encaminhados aos envolvidos em divulgá-los, as respostas sempre foram evasivas e insatisfatórias e, algumas vezes, rudes, sendo que, nunca, tais respostas, contiveram provas fundamentadas na metodologia científica que comprovassem as alegações veiculadas sobre o assunto em questão.

Muitas vezes, tais questionamentos, não são respondidos e seus protetores mantêm-se em total silêncio, devido a não existirem respostas válidas. Algumas vezes, as respostas insatisfatórias se atêm a detalhes não relevantes quanto a supostas falhas de redação nas cartas de protesto, ou quanto às idéias, intencionalmente por eles mal compreendidas, com o objetivo de polemizar o mais possível, na tentativa de sustentar suas alegações infundadas, não aprovadas pelos critérios da Ciência.

Com relação aos representantes no Brasil dos canais Discovery Channel e History Channel, não é possível encaminhar nenhuma mensagem aos mesmos via “e-mail”, por não existir essa facilidade disponível e, nem tão pouco, os seus endereços são divulgados, demonstrando uma atitude prévia no sentido de ficarem inacessíveis aos protesto populares. Eles podem divulgar o que quiserem, sem ter que prestar contas à opinião pública de maneira rápida e fácil.

Dessa forma, deveria ser repensada, conforme a necessidade, a legislação em vigor, para obrigar esses empreendimentos a disponibilizar um canal de acesso fácil e rápido de contato com os mesmo, principalmente devido ao fato de operarem um veículo de comunicação importante, que exerce influência expressiva e imediata na sociedade.

Somos de parecer que essa situação não é correta e que devem ser providenciados mecanismos adequados para corrigir essa deficiência, que somente tem beneficiado aqueles que não têm compromisso sério com o nosso povo.

Toda essa atitude negativa, aqui mencionada, afeta de maneira prejudicial e inquestionável os grandiosos feitos de Santos-Dumont, que foi realmente o inventor do avião e o primeiro a realizar o vôo do mais pesado que o ar em 1906. Muitas vezes o nome de Santos-Dumont é apenas mencionado rapidamente em alguns documentários, como um mero ator secundário, tendendo a ser apenas um figurante com quase nenhuma importância.

A comunicação em massa oriunda dos Estados Unidos, que é poderosa e riquíssima, veiculando esse erro histórico, envolvendo os irmãos Wright, tem como efeito colateral, para não dizer proposital, a tendência de apagar da história o nome do famoso inventor brasileiro Alberto Santos-Dumont, bem como as suas realizações e a primazia por ele merecida quanto à invenção do avião e do vôo do mais pesado que o ar.

Existe um ditado popular que diz: “Quanto mais se veicula uma mentira, mais ela tende a se tornar uma verdade”.

O assunto principal desta mensagem não é falar sobre nosso caríssimo Santos-Dumont, pois suas realizações são inquestionáveis e foram certificadas por comissões, aceitas pela Ciência, composta por pessoal entendido em Aviação, que estavam presentes na data e no local dos eventos e puderam avaliar, observar e estudar o avião 14-bis, sem nenhuma restrição, por diversas vezes, bem como os vôos realizados. Tal fato científico comprobatório nunca ocorreu com os supostos feitos dos Irmãos Wright antes de 1908.

Os supostos vôos dos irmãos Wright, anteriores a 1908, nunca foram avaliados ou presenciados por uma equipe ou comissão compostas por pessoas entendidas em Aviação, que poderiam certificar cientificamente tais vôos e esse fato sempre foi do conhecimento dos irmãos Wright.

Alegações no sentido de se declarar que não existiam pessoas entendidas em Aviação naquela época são infundadas e evidencia que quem faz tais alegações desconhece a História da Aviação e não é merecedor de crédito quanto as suas opiniões relativas ao assunto em questão.

Os Irmãos Wright contribuíram no desenvolvimento do avião, mas não foram os seus inventores, nem, tão pouco, foram os primeiros a voar uma aeronave com potência.

“Onde estão as provas cientificamente válidas, que satisfaçam completamente a metodologia científica, que realmente comprovem que os irmãos Wright voaram o mais pesado que o ar antes de 1908?”

“Onde estão as provas cientificamente válidas, que satisfaçam completamente a metodologia científica, que realmente comprovem que os irmãos Wright inventaram o mais pesado que o ar?”

Essas provas não existem, portanto os irmãos Wright não inventaram e nem, tão pouco, foram os primeiros a voar o mais pesado que o ar e, conseqüentemente, não merecem o crédito pela primazia em questão, tal primazia pertence a outro pioneiro da Aviação.

Os irmãos Wright estiveram envolvidos na tentativa de serem os primeiros a voar, mas não obtiveram sucesso e se aproveitaram de muitos acontecimentos que ocorreram, para usufruir em benefício próprio, na tentativa de requisitarem a primazia da realização do primeiro vôo com potência, bem como da invenção do avião.

Quanto mais se pesquisa, quanto mais se analisa, percebe-se que a história dos irmãos Wright é uma trama muita bem urdida, muita bem arquitetada de longa data, desde 1903, ou antes, no sentido de se apoderar do que não lhes é devido, fazendo uso distorcido de vários fatos que aconteceram e de fatos obscuros (pseudofatos), que não resistem a uma análise séria, fazendo o uso de verdades, de meias-verdades e de inverdades, tornando todo o assunto muito complexo, extenso e dificultoso às pesquisas, objetivando desestimular e desacreditar qualquer questionamento sério, que coloque em dúvida as alegações por eles defendidas sobre a primazias indevidamente creditadas aos irmãos Wright.

Essa atitude negativa, infelizmente, tem levado os mais incautos a acreditarem em tal história complexa e inverídica sobre a invenção do avião, envolvendo os irmãos Wright como os detentores da primazia na realização do primeiro vôo do mais pesado que o ar, bem como da invenção do avião.

Porém, felizmente, essa inverídica história complexa não resiste à analise criteriosa, feita à luz da metodologia científica. Tal história sucumbe perante as investigações sérias e minuciosas, baseadas nas regras da Ciência. As pesquisas científicas mostram todos os enganos, evidenciam todos os erros cometidos, revelam todas as contradições e as intenções escusas no sentido de se creditar aos Irmãos Wright as primazias indevidamente as eles atribuídas, demonstrando, assim, que os irmãos Wright não voaram o mais pesado que ar antes de 1908 e nem, tão pouco, foram os responsáveis pelo invento do avião, por absoluta falta de provas cientificamente válidas.

Graças às pesquisas sérias, embasadas na metodologia científica e na História da Ciência, podemos restaurar a verdadeira história sobre quem realmente foi o primeiro a voar e a inventar o mais pesado que o ar, sendo que, com certeza, o mérito de ter alcançado, arduamente, essa proeza não pertence aos Irmãos Wright.

A bem da verdade, os irmãos Wright não são, sequer, nem os segundos, nem os terceiros a construírem e a realizarem os pioneiros vôos do mais pesado que o ar. Outros pioneiros, comprovados pela ciência, fizeram tais proezas, por diversas vezes, antes dos irmãos Wright. São eles: Henri Farman, o segundo a voar em 26/Out/1907; Leon Delagrange, o terceiro a voar em 11/Abr/1908. Todos os vôos foram realizados por pioneiros franceses em aviões que decolavam por seus meios próprios.

Esses pioneiros franceses, também, são relegados a segundo plano pelos adeptos dos irmãos Wright, pois a simples menção séria desses pioneiros motivaria pesquisas importantes, por parte de muitas pessoas, que contribuiriam para revelar a verdadeira História da Aviação, prejudicando de maneira indelével a imagem incorretamente atribuída aos irmãos Wright.

Por oportuno, é importante informar que o ônus da prova compete e exige-se de quem declara a existência de realização de fatos inventivos, sendo que até o momento, os adeptos dos irmãos Wright nunca conseguiram provar as suas declarações e nunca apresentaram provas válidas, que fossem recepcionadas pela metodologia científica, que sempre são exigidas nos casos de comprovações de inventos e de realizações históricas relevantes.

“O Verdadeiro Centenário do invento do avião e do primeiro vôo do mais pesado que o ar deverá ser comemorado em 23 de Outubro de 2006 e o homenageado será o Ilustre Inventor brasileiro Alberto Santos-Dumont, o Pai da Aviação”.

Dessa forma, repetimos e reafirmamos que estaremos sempre alertas a essas tentativas espúrias de confundir nosso povo e de distorcer a História da Aviação e não admitiremos, jamais, que se furtem de nosso Ilustre Inventor brasileiro os méritos a ele atribuídos, por absoluta justiça e reconhecimento cientifico, pelo fato de ter sido o primeiro homem a voar o mais pesado que o ar e de ser o verdadeiro inventor do avião, sendo que tal fato foi corretamente reconhecido, sob a supervisão do Aeroclube da França, sem o uso de nenhum subterfúgio condenável.

Isto posto, fundamentados na metodologia científica, reafirmamos a nossa manifestação de repúdio e protesto contra a divulgação em nosso país de fatos desprovidos de bases científicas sobre a História da Aviação, na tentativa de se creditar aos irmãos Wright a primazia do invento e da realização do primeiro vôo em aeronave com motor, pois tal tentativa não satisfaz os critérios científicos requeridos com relação à comprovação de fatos históricos e de invenções importantes da humanidade, principalmente no que tange à invenção e à realização do primeiro vôo do mais pesado que o ar.


Fontes:

Santos-Dumont e a Conquista do Ar - Aluízio Napoleão

Artigo da Revista Aerovisão n° 175, ano XVI, 1989, do Ministério da Aeronáutica: Santos-Dumont x Irmãos Wright - Colaboração Granville G. de Oliveira, Pesquisador do CNPq

Informações sobre Santos-Dumont - www.cabangu.com.br

Diário dos irmãos Wright - www.centennialofflight.gov

Informações sobre os irmãos Wright e seus alegados vôos - www.centennialofflight.gov

Informações sobre a tentativa de construção da réplica do Flyer I - www.countdowntokittyhawk.com


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